ORIXÁ – A palavra Orixá significa Ori=cabeça, Xá=Rei, senhor. Senhor da Cabeça.
Acredita-se que os Orixás (yoruba Òrìṣà) foram ancestrais africanos que foram divinizados, pois durante sua vivência na terra, supostamente adquiriram um controle sobre a natureza, como: raios, chuvas, árvores, minérios e o controle de ofícios e das condições humanas, como: agricultura, pesca, metalurgia, guerra, maternidade, saúde.
Ancestrais africanos que correspondem a pontos de força da Natureza, suas manifestações e os seus arquétipos, os orixás possuem características semelhantes aos seres humanos, pois manifestam-se através de emoções, como: raiva, ciúmes, amor em excesso, passional. Cada orixá possui um sistema simbólico particular composto de: cores, comidas, cantigas, rezas, ambientes, oferendas, espaços físicos e até horários.
Como resultado do sincretismo que se deu durante o período da escravatura, com a imposição do catolicismo aos negros, cada orixá foi associado a um santo católico, para se manterem os orixás vivos e não se perder o direito ao seu culto. Assim, os cultuantes foram obrigados a disfarçá-los na roupagem de santos católicos, que cultuavam apenas aparentemente.
Abaixo um link com uma descrição de cada orixá e suas forças.
Na Umbanda, Oxalá é a Divindade que está assentada no pólo positivo ou irradiante do Trono da Fé, cuja Essência é Cristalina. Pai Oxalá é o orixá masculino do trono da fé, Regente da primeira Linha de Umbanda (Linha da Fé), onde se polariza com o Trono Cósmico Feminino (Logunan).
As Irradiações Universais de Pai Oxalá são retas e contínuas, projetando-se de forma passiva a todos, o tempo todo. Já as irradiações Cósmicas de Logunan são projetadas em espiral e alcançam os seres que se desvirtuaram no campo da religiosidade, para corrigi-los.
Oxum é a força dos rios, que corre sempre adiante, levando e distribuindo pelo mundo sua água que mata a sede. É a Mãe da água doce e Rainha das cachoeiras. Orixá da prosperidade e da riqueza interior, ela é a manifestação do Amor, puro, real, maduro, sensível e incondicional, por isso é associada à maternidade e ligada ao desenvolvimento da criança ainda no ventre da mãe. É Oxum que gera o nascimento de novas vidas que estarão no período de gestação numa bolsa de água – como ela, Oxum, rainha das água doces.
Já Oxumaré dilui a religiosidade já estabelecida na mente de um ser e o conduz, emocionalmente, a outra religião, cuja doutrina o auxiliará a evoluir no caminho reto. Renovação, eis a palavra chave que bem define o divino Oxumaré que, em seu aspecto negativo, tem um mistério escuro chamado por nós de “Sete Cobras” ou “Sete Caminhos Tortuosos”, que é por onde transitam todos os seres que saíram do caminho reto e entraram nos desvios da vida, que sempre conduzem aos caminhos da morte.
No trono do conhecimento Enquanto o orixá Oxóssi, o mitológico caçador, estimula a busca do conhecimento (evolução), Obá concentra e trás assimilação mental sobre o aprendizado. Oxóssi, cuja qualidade é Irradiar o conhecimento, a sabedoria e o aprendizado e atua em nossa estrutura mental, cognitiva e psicológica estimulando nossa busca pelo “saber” no sentido mais amplo da palavra, ou seja, visa expandir todos os sentidos da nossa vida, visa expandir todos os outros tronos em nossa vida.
Obá, cuja a qualidade por excelência é atuar nos seres através do terceiro sentido da vida, que é o Conhecimento, que desenvolve o raciocínio e a capacidade de assimilação mental da realidade visível Quando o conhecimento é usado de forma negativa, Obá atrai e paralisa o ser que está se desvirtuando, justamente porque assimilou de forma viciada os conhecimentos puros.
Ogum e Iansã, estes dois Orixás são aplicadores da Lei (porque sua natureza é ordenadora), então eles se projetam e dão suas hierarquias naturais, que são as que nos chegam através da Umbanda. A Ogum é concedido o mistério “Guardião” (Exu) e suas hierarquias, que são verdadeiros “policiais astrais” que nos ajudam e amparam nos defendendo e abrindo nossos caminhos.
A Iansã é concedido o mistério dos eguns (espíritos) e a ela é dado o titulo “rainha dos eguns” pois sua energia os direcionam a evolução.
Muito confundem lei com justiça, alguns pensam ser a mesma coisa mais realmente falamos de assuntos diferentes, mesmo um sendo tão ligado ao outro, são tronos distintos mais em perfeita sintonia e entrelaçamento, mesmo sendo temas diferentes um depende do outro para a perfeita harmonia e existe espiritualmente uma estreita ligação entre Justiça e Lei, pois quando se fala em Justiça logo se pensa na Lei que dá base para a atuação da Justiça, e quando se fala em Lei logo se pensa na Justiça que aplica a Lei.
No Trono da Justiça divina temos o par do elemento Fogo nos Orixás Xangô e Egunitá.
Já no Trono da Lei temos o par do elemento Ar nos Orixás Ogum e Iansã. não a fogo sem ar, assim como não há justiça se não houver alguém para aplica-lá.
Obaluaiê e Nanã, ambos são Orixás de magnetismo e força mista. zelam, cuidam e protegem as passagens dos estágios evolutivos, como exemplo prático, podemos dizer que nanã “decanta” o espirito que irá passar pelo processo reencarnatório e obaluaê liga ou finda o cordão espiritual que une o espirito a matéria.
O orixá obaluaiê é muito associado a cura, pois a energia manifestante do orixá é a essência da alquimia e da transmutação do verbo transmutar entendemos modificar o estado de algo para além. ou seja, é o orixá que detêm total poder sobre a magia e as transformações nela contidas. utilizar esta força positivamente é um fato que temos que levar a sério pois hoje vemos muitas pessoas defasadas em seu processo evolutivo por “brincar” com magia.
Iemanjá tem papel muito importante em nossas vidas, pois é ela que rege nossos lares, nossas casas. É ela que dá o sentido da família às pessoas que vivem debaixo de um mesmo teto. Ela é a geradora do sentimento de amor ao seu ente querido, que vai dar sentido e personalidade ao grupo formado por pai, mãe e filhos tornando-os coesos. Rege as uniões, os aniversários, as festas de casamento, todas as comemorações familiares. É o sentido da união por laços consanguíneos ou não.
Omulu, no trono da Geração, que é o sétimo trono dos orixás na umbanda, forma um par energético, magnético e vibratório com nossa amada mãe Iemanjá, onde ela gera a vida e ele paralisa os seres que atentam contra os princípios que dão sustentação às manifestações da vida.
Enquanto a nossa mãe Iemanjá estimula em nós a geração, o nosso pai Omulu nos paralisa sempre que desvirtuamos os atos geradores.